A autora deste livro - Maria do Carmo Vieira - deveria receber a homenagem de todos os portugueses que ainda amam a sua dignidade cultural. A sua denúncia da situação do ensino da Língua Materna - fomentada por técnicos do absurdo que vêm consagrando o império da facilidade para melhor acabar com a democracia verdadeira em Portugal - deveria ser de leitura obrigatória. Por lá se encontra, até, uma senhora escritora que - antes de ser comissária de um tal Plano Nacional de Leitura e ministra da Educação - era radicalmente contra quaisquer listas com sugestões literárias... logo abdicando das suas convicções quando alguns rectângulos de papel-moeda lhe foram postos na mão. O cenário é aterrador. Mas vale a pena o tempo ganho na sua leitura.

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