TERRORISMO

O artigo de Ester Mucznik, no "Público" de 22 de Julho, é uma boa análise do terrorismo islâmico, dado que procura mostrar os seus alicerces: ressentimento pela perda de influência que um dia tiveram; desejo confesso de alastrar a todo o mundo uma "cultura" muçulmana pressupostamente "pura" (sobretudo às regiões do planeta que já estiveram sob domínio político islâmico); submissão cega dos indivíduos aos objectivos de "Alá" (isto é, dos terroristas).
Muitos fiéis muçulmanos não partilharão esta ideologia - podem mesmo condená-la -, mas os poucos (?) que a põem em prática são suficientes para lançar o mundo num caos.

Completando o texto de Mucznik, o "Público" de 23 de Junho publicou um interessante artigo de Olivier Roy, saído também no "New York Times". Desmascara os pretextos apresentados pelos terroristas e aceites por tanta gente:
1. o terror iniciou-se muito antes da invasão do Iraque e é posto em prática mesmo em países que não apoiaram a intervenção americana;
2. põe em prática uma estratégia global de alastramento do medo, não participando em conflitos locais em que, segundo afirmam, os muçulmanos são humilhados;
3. tentam destruir a influência cultural do Ocidente (logo, "americana");
4. não tem interesse em promover o bem-estar dos "pobres" islâmicos (pois, assim, perderiam influência junto desses fiéis);
5. invocando o Corão, a geração terrorista é uma geração sem raízes (vingam-se de um passado islâmico demasiado "impuro" e tentam evitar um futuro igualmente mergulhado na "impureza").

2 comentários:

Ruy Ventura disse...

Essa é que é essa...

Ruy Ventura disse...

Concordo que é preciso construir pontes, mas parece-me impossível contruí-las com pessoas que declaram defender a morte e opor-se à vida. Talvez se consiga alguma coisa com a condenação veemente do terrorismo feita por islâmicos com bom senso.
É preciso dialogar com homens de boa vontade. Mas devemos recusar o diálogo com "demónios" que apenas desejam a destruição da humanidade.