ENGANOS

Umas das vantagens da internet é conseguirmos aceder a informações e opiniões livres de censura, daquela censura que normalmente corta a dignidade dos seres humanos, impondo-lhes o medo.
Há poucos dias descobri este comentário no Portugal Diário sobre uma realidade que, pela geografia, me é muito próxima. Embora não concorde com tudo quanto afirma (não estou convencido da inocência de Sócrates e sei que o anterior bispo de Portalegre, antes de se aposentar, expulsou dos seus domínios os burlões que por lá havia), aqui o deixo à consideração dos leitores:

Lopo de Carvalho
2007-04-15 01:17
Em sã consciência, não me parece que o chefe do governo se tenha metido em falsificações ou enganos quanto às suas habilitações literárias. Mais tarde ou mais cedo isso será claro. No entanto, é facto que em Portugal há pessoas, gente decerto disfuncional, que se arroga ter curso superior sem de facto o ter. No Alentejo, mais concretamente na cidade de Portalegre, conhecem-se dois casos que são públicos e manifestos, ainda que um tenha tido mais divulgação: o de um indivíduo que durante cerca de um quarto de século desempenhou o cargo de professor e até de director dum estabelecimento de ensino sem ter habilitações próprias, pois forjara os documentos que o davam como licenciado. O caso está sob a alçada da Policia Judiciária. Outro caso é o de um fulano que, sem ter também habilitação apropriada, se apresentou durante cerca de vinte anos como doutor, chegando a desempenhar um cargo de relevo num periódico portalegrense, onde perseguia quem não lhe agradava e agia discricionariamente. Em diversas ocasiões chegou a participar em "sessões culturais" junto do anterior Bispo de Portalegre e Castelo Branco, deixando que o apresentassem como doutor. Hoje sabe-se que não é assim por, de acordo com o que referiu na rádio local um conhecido articulista da mesma, ter sido desmascarado. Mas o mais estranho é que, apesar disto, já tem sido convidado para algumas sessões na Biblioteca daquela cidade, onde continua a ser apresentado como doutor. É um caso insofismável e pergunta-se: o ministério da Educação, através dos funcionários dos ramos intermédios locais, tem conhecimento deste caso? Se não tem, é muito estranho que ainda não tenha. Mas se tem, porque deixa que exista um caso tão esquisito...e disfuncional? Aquela parte do Alentejo não se rege por leis como o resto de Portugal?

7 comentários:

Anónimo disse...

Portalegre é uma das mais moralmente corruptas cidades portuguesas. Tem havido ali casos, sempre abafados, que mostram o ambiente que de há largos anos ali se vive.
Estudei lá, conheço bem o ambiente. Mas mais tarde ou mais cedo as coisas mudarão, tenho a certeza.

Anónimo disse...

Eu não tenho assim tanta certeza. Trabalhei lá durante vinte anos e apercebi-me dessa corrupção moral que permite a aceitação de monstruosidades inconcebíveis noutros lados.

Anónimo disse...

Eu também não, concordo com o Ricardo Pereira. Há em Portalegre uma camarilha de verdadeiros bandidos e o Ventura sabe do que falo pois já o prejudicaram e difamaram.
Em que cidade é que poderia suceder como nesta quando se sabe que diversos tipos da polícia andaram a alegadamente roubar durante vinte anos, na "panelinha" com comerciantes conforme o Comandante denunciou e houve um grande alarido e até na tv e já lá vai mais de ano e tal ou dois anos e nunca mais se soube nada?
Queremos saber se abafaram, senhor ministro da Administração Interna, venha dizer-nos o que se passa, o povo é quem mais ordena e tem o direito de saber.
E digo mais isto, na notícia sobre o falso professor Raposo, o ou os indivíduos que escreveram a notícia no jornal dizem que ele era muito estimado na terra. Estão a brincar, concerteza e mais não digo que até fico com vómitos.

Anónimo disse...

Os tipos do jornal devem ter-se enganado, pois boa pessoa, trabalhador e gente séria era o pai desse senhor que foi tido como burlão, e o mesmo digo da mãe do indivíduo. Tinham um lugar de frutas, eram pessoas que davam o litro e ainda bem que já morreram, escusaram de ver as ciganices do filho.
Mas em Portalegre há um ambiente de vigarice, de intimidação, de tira-te lá tu para me pôr eu, mas nisto eu concordo com o Ramos, não há dúvida de que mais tarde ou mais cedo há merda, e os vígaros vão ver a vida andar para trás.
Mas o mesmo se dá aqui em Castelo de Vide, só que a malta não as corta e é cada escandalo que meu deus!
Mas a cidade portalegrense está de facto bem servida de ladrões muito sérios, de putas muito boas senhoras e de trapaceiros que são muito respeitáveis.
É como aquele cabrãozito pior que um veado que recebe muitos salamaleques e anda sempre bem vestido, mas os gajos a sairem lá de casa quando ele não está é um vê se te avias. E isso é o menos,se fosse só cabrões ainda vá, o pior é os aldrúbias e são grandes políticos, é uma vergonha.

Anónimo disse...

Apoiado, eu pergunto, quando é que o ministério da educação abrirá um inquérito sobre o caso do tal tipo que durante anos e anos se fez passar por doutor?

Ou o tipo tem "almofadas" que lhe aguentam a burla?

Anónimo disse...

Esta cidade precisa de uma grande vassourada, isto não é só limparem as ruas mas sim o ambiente.
Acho que faz falta para já um pedido de inquérito ao ministério da Educação sobre este caso.

Anónimo disse...

De acordo com certos indicadores circulando em Portalegre, determinados senhores entraram num frenesi fascista e repressivo bem claro, efectuando telefonemas para determinados sítios no sentido de identificarem os comentaristas que aqui se têm expresso.
Quanto ao sustentador deste blog, o mínimo que é dito é que têm agora que o "liquidar" fora de Portalegre, tal como o perseguiram enquanto cá viveu.
Entretanto, depois das referências feitas sobre este caso pelo Prof. Ribeirinho Leal no seu espaço radiofónico, circula também o rumor que duas conhecidas personalidades locais vão subscrever um pedido de inquérito a este caso ao ministério da Educação.