SOCIEDADES CRIMINAIS

Sándor Márai, um dos vultos cimeiros da narrativa europeia, escreveu nas suas Memórias da Hungria:
"Começámos a interrogar-nos sobre a responsabilidade do indivíduo num Estado criminal, culpado de actos ilegais no plano moral. Não será responsável na medida em que aprova ele mesmo esses actos e neles participa activamente? O seu dever primordial consiste certamente em se proteger e em proteger os seus - mas poderá ir ao ponto de executar as ordens que a sua consciência condena? Necessita sobreviver, como um camaleão, mas sem dar o seu concurso aos assassinatos cometidos pelo poder, sem beneficiar dos seus crimes desumanos nem aceitar os privilégios que lhe valeria uma eventual cumplicidade."
Sobre as "sociedades criminais" (que por vezes tomam a aparência de "democracias representativas") escreveu Nicolau Saião um artigo que merece ser lido. Ficamos muito mais esclarecidos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Felicito o Ruy e o Nicolau, um por chamar a atenção para este artigo devastador, o outro por o ter escrito.
Já conhecia o texto, da "Agulha", agora verifico que em Portugal também houve gente que teve a coragem de o publicar. Doravante vou estar atento ao Triplov.
Decerto a partir daqui podereis estar sob vigilancia do serviço secreto. Não estranharia.
E será o destino em breve de todos nós, os que não nos curvamos à mentira?

Anónimo disse...

Apoiado. O país cada vez mais é um nojo.