JULES MOROT
(tradução e ilustração de Nicolau Saião)
O luto, a alegria
Os amigos que estão
no seu pé de página
como em caixão florido
pelos tempos futuros
têm de nós o gesto mais perfeito -
um sorriso transido mas mesmo assim
verdadeiro
e muitas mãos para afagar lembranças
e muitos dentes luzindo para criar o verão
e muitos olhos em repouso para dizer que é tarde
e muitos gritos para dizer que é cedo
e que é a hora de acordar
e de dormir porventura
e de bailar entre as árvores
e de correr entre as sombras
e a luz que elas provocam
e de sofrer um pouco
um pouco ainda
como crianças sem remorso sem dor sem amargura
de novo em viagem
sem efígie sonhada
e já desaparecida.
in “Le mardi-gras”
(Original em linha no TriploV)
Os amigos que estão
no seu pé de página
como em caixão florido
pelos tempos futuros
têm de nós o gesto mais perfeito -
um sorriso transido mas mesmo assim
verdadeiro
e muitas mãos para afagar lembranças
e muitos dentes luzindo para criar o verão
e muitos olhos em repouso para dizer que é tarde
e muitos gritos para dizer que é cedo
e que é a hora de acordar
e de dormir porventura
e de bailar entre as árvores
e de correr entre as sombras
e a luz que elas provocam
e de sofrer um pouco
um pouco ainda
como crianças sem remorso sem dor sem amargura
de novo em viagem
sem efígie sonhada
e já desaparecida.
in “Le mardi-gras”
(Original em linha no TriploV)
2 comentários:
A coisa está linda. Agora até publicam gaitadas de puetas frinceses que mais parecem cruássãs sem sabor.
Tolkien
Olha...o manco da cabeça de águia pelada veio de novo aqui vomitar.
Parece o Fu-Manchu.
MAFRA
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