Dois poemas de
FIAMA HASSE PAIS BRANDÃO
(em jeito de homenagem)
Para N.G., R.B., L.N.J., C. de O., L.M.N.
e os outros que já viveram
Tantos poetas morreram, em minha vida,
antes de mim, não só no sangue ou só na carne,
mas na portuguesa língua.
Deles fica a obra que fizeram.
Todavia vocábulos, para sempre
insonoros, ou no futuro incriados,
demonstram que os poetas todos
morrem sempre mais na língua.
(in Cenas Vivas)
Os amigos que morrem: Luiza, Carlos de Oliveira
Os amigos que morrem são arbóreos,
plantados e memoráveis como freixos.
Um freixo, que vejo entre árvores
com a aura, o tronco novo
sulcado de rasgões, a raiz curta
comparável à memória viva enterrada.
Têm uma única forma até à morte,
próximos do Sol, que torna as outras
árvores mais ténues que os isolados freixos.
(idem)
FIAMA HASSE PAIS BRANDÃO
(em jeito de homenagem)
Para N.G., R.B., L.N.J., C. de O., L.M.N.
e os outros que já viveram
Tantos poetas morreram, em minha vida,
antes de mim, não só no sangue ou só na carne,
mas na portuguesa língua.
Deles fica a obra que fizeram.
Todavia vocábulos, para sempre
insonoros, ou no futuro incriados,
demonstram que os poetas todos
morrem sempre mais na língua.
(in Cenas Vivas)
Os amigos que morrem: Luiza, Carlos de Oliveira
Os amigos que morrem são arbóreos,
plantados e memoráveis como freixos.
Um freixo, que vejo entre árvores
com a aura, o tronco novo
sulcado de rasgões, a raiz curta
comparável à memória viva enterrada.
Têm uma única forma até à morte,
próximos do Sol, que torna as outras
árvores mais ténues que os isolados freixos.
(idem)
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