PORTALEGRE 26 DE JANEIRO, SÁBADO
APRESENTAÇÃO DO LIVRO
GLORIA VICTIS
DE CARLOS GARCIA DE CASTRO
Carlos Garcia de Castro, poeta com livros editados desde 1955, publica agora uma obra que designa de «Não-Poemas» e a que dá o título de GLORIA VICTIS. Editado por um pequeno editor independente, que edita já a série DiVersos - Poesia e Tradução, fundada em 1996, o livro integra-se na colecção de poesia UniVersos. Paradoxo? Sim e não. Porque estes «Não-Poemas», colocando-se embora a contracorrente de algumas tendências hoje dominantes, são de facto poesia que revela o poético onde se julgaria encontrar o mais banal. Algo que nos permite aproximar o Autor de espíritos como Cesário Verde ou João Cabral de Melo Neto, por exemplo.
Neste Glória aos Vencidos, que não se ofusca com as gloríolas dos «vencedores» e lhes recusa a «vitória», Carlos Garcia de Castro convida também indirectamente a reflectir sobre os caminhos e descaminhos da poesia actual.
Alguns dos temas deste livro são pouco comuns, a vertente descendente da velhice («katabolé», capítulo 5), por exemplo, ou a dimensão conjugal e familiar, ou, ainda mais raro, o entrecuzar de ambas. A figura do poeta sai talvez banalizada, mas, por isso mesmo, engrandecida: «um ser comum, que é o que a morte faz de todos nós». Apesar de uma aparente e ilusória banalidade, estamos perante uma poesia extremamente elaborada, assente no restauro da versificação e na métrica do decassílabo, numa invocação do versum primordial desprovido de rima que se
encontra no fundamento do clássico em poesia. Classicismo e quotidiano, uma proximidade que pode surpreender, mas que resulta aqui em vivacidade e harmonia, penetradas de uma cultura desprovida de exibicionismo cultural. Sob muitos aspectos, estes «não-poemas» são afinal um convite ao regresso à poesia.
CARLOS GARCIA DE CASTRO nasceu em Portalegre, em 1934. Licenciado em Ciências Históricas e Filosóficas. Profissionalmente: professor dos Liceus, de onde, na área das Ciências da Educação, ingressou no quadro da Escola do Magistério Primário (1970), de que foi director de 1976 a 1989. Transitou para o quadro da Escola Superior de Educação: director do Centro de Recursos e Animação Pedagógica; leccionou cursos de especialização; aposentou-se dessa Escola na categoria de professor adjunto. Comunicações sobre temas pedagógicos. Foi o sócio-fundador que instalou a CERCIPORTALEGRE (Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas). Estatuiu o Ensino Pré-Escolar oficial em Portalegre. Literariamente: publicação de Cio (1955); Terceiro Verso do Tempo (1963); Portus Alacer (1987); Os Lagóias e os Estrangeiros (1992); Rato do Campo (1998). Colaborou em várias revistas literárias e culturais, de que se destacam Colóquio/Letras, da Fundação Calouste Gulbenkian; Sol XXI, da Associação com o mesmo nome; A Cidade – Revista Cultural de Portalegre, e outras da sua região como Callipole, Ibn Maruán e Fanal, suplemento de um semanário. Participou nos cadernos Alfa, do grupo de universitários Amicitia. Nos Açores, produziu e apresentou o programa «Pensamento e Poesia» no Rádio Clube de Angra do Heroísmo (1959/60), e tem colaborado na revista Atlântida, do Instituto Açoriano de Cultura. Antologias: representado em Poesia/70, org. de Egito Gonçalves e Manuel Alberto Valente (Editorial Inova, Porto, 1971); Poetas Alentejanos do Século XX, org. de Francisco Dias da Costa, 1984; Cancioneiro/80, do Jornal de Letras, Porto, 1990-91; Poetas e Escritores da Serra de S. Mamede, org. de Ruy Ventura, edição Amores Perfeitos, Vila Nova de Famalicão, 2002.
APRESENTAÇÃO DO LIVRO
GLORIA VICTIS
DE CARLOS GARCIA DE CASTRO
Carlos Garcia de Castro, poeta com livros editados desde 1955, publica agora uma obra que designa de «Não-Poemas» e a que dá o título de GLORIA VICTIS. Editado por um pequeno editor independente, que edita já a série DiVersos - Poesia e Tradução, fundada em 1996, o livro integra-se na colecção de poesia UniVersos. Paradoxo? Sim e não. Porque estes «Não-Poemas», colocando-se embora a contracorrente de algumas tendências hoje dominantes, são de facto poesia que revela o poético onde se julgaria encontrar o mais banal. Algo que nos permite aproximar o Autor de espíritos como Cesário Verde ou João Cabral de Melo Neto, por exemplo.
Neste Glória aos Vencidos, que não se ofusca com as gloríolas dos «vencedores» e lhes recusa a «vitória», Carlos Garcia de Castro convida também indirectamente a reflectir sobre os caminhos e descaminhos da poesia actual.
Alguns dos temas deste livro são pouco comuns, a vertente descendente da velhice («katabolé», capítulo 5), por exemplo, ou a dimensão conjugal e familiar, ou, ainda mais raro, o entrecuzar de ambas. A figura do poeta sai talvez banalizada, mas, por isso mesmo, engrandecida: «um ser comum, que é o que a morte faz de todos nós». Apesar de uma aparente e ilusória banalidade, estamos perante uma poesia extremamente elaborada, assente no restauro da versificação e na métrica do decassílabo, numa invocação do versum primordial desprovido de rima que se
encontra no fundamento do clássico em poesia. Classicismo e quotidiano, uma proximidade que pode surpreender, mas que resulta aqui em vivacidade e harmonia, penetradas de uma cultura desprovida de exibicionismo cultural. Sob muitos aspectos, estes «não-poemas» são afinal um convite ao regresso à poesia.
CARLOS GARCIA DE CASTRO nasceu em Portalegre, em 1934. Licenciado em Ciências Históricas e Filosóficas. Profissionalmente: professor dos Liceus, de onde, na área das Ciências da Educação, ingressou no quadro da Escola do Magistério Primário (1970), de que foi director de 1976 a 1989. Transitou para o quadro da Escola Superior de Educação: director do Centro de Recursos e Animação Pedagógica; leccionou cursos de especialização; aposentou-se dessa Escola na categoria de professor adjunto. Comunicações sobre temas pedagógicos. Foi o sócio-fundador que instalou a CERCIPORTALEGRE (Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas). Estatuiu o Ensino Pré-Escolar oficial em Portalegre. Literariamente: publicação de Cio (1955); Terceiro Verso do Tempo (1963); Portus Alacer (1987); Os Lagóias e os Estrangeiros (1992); Rato do Campo (1998). Colaborou em várias revistas literárias e culturais, de que se destacam Colóquio/Letras, da Fundação Calouste Gulbenkian; Sol XXI, da Associação com o mesmo nome; A Cidade – Revista Cultural de Portalegre, e outras da sua região como Callipole, Ibn Maruán e Fanal, suplemento de um semanário. Participou nos cadernos Alfa, do grupo de universitários Amicitia. Nos Açores, produziu e apresentou o programa «Pensamento e Poesia» no Rádio Clube de Angra do Heroísmo (1959/60), e tem colaborado na revista Atlântida, do Instituto Açoriano de Cultura. Antologias: representado em Poesia/70, org. de Egito Gonçalves e Manuel Alberto Valente (Editorial Inova, Porto, 1971); Poetas Alentejanos do Século XX, org. de Francisco Dias da Costa, 1984; Cancioneiro/80, do Jornal de Letras, Porto, 1990-91; Poetas e Escritores da Serra de S. Mamede, org. de Ruy Ventura, edição Amores Perfeitos, Vila Nova de Famalicão, 2002.
Carlos Garcia de Castro publicou ainda recentemente uma antologia na Editorial Escrituras, de São Paulo (Brasil), intitulada Fora de Portas.
J. C. COSTA MARQUES, EDITOR
EDIÇÕES SEMPRE-EM-PÉ
www.sempreempe.pt * contacto@sempreempe.pt * telefax 229759592
Rua Camilo Castelo Branco, 70/52 * 4425-037 Águas Santas
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