AINDA O REGICÍDIO

No dia 1 de Fevereiro, a "esquerda" parlamentar não quis aprovar um voto de repúdio pelo assassinato há cem anos do rei e do príncipe herdeiro. "Seria votar contra a república" - afirmou um deputado.
Sendo algo ingénuo o voto proposto, o seu resultado teve pelo menos uma virtude: obrigou à revelação dos fundamentos subreptícios de boa parte da nossa classe política - que, pelos vistos, não rejeita o terrorismo "revolucionário" como meio para chegar a certos fins (e por isso, quiçá, põem sempre paninhos noutras formas de terrorismo que por aí alastram...) - e à admissão, implícita, de que a Primeira República foi um regime fundado, directamente, sobre crimes de sangue.

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