BRIAN STRANG
número oito
começar de novo de outro ponto sem qualquer controlo
sobre as forças que te rodeiam
rostos carregados encostam à tua cápsula uma espécie de lágrima
no tecido da tua existência diária encontra um lugar
para ti natural acolhe os factos tal como são vê que por detrás
dos rostos estão pessoas esfoladas até aos ossos como tu
enquanto nos aproximarmos do último palco procura ligar-te
com os outros nos olhos esperando encontrar alguém como
aquele tabuado branco ao sol e uma árvore oscilante
cedros ou ponderosas tornados monumentos ou
tectos ladrilhados o brilho dos carris do eléctrico trabalha
sozinho uma ficção fica mas mente nos tijolos suspira
mencionando apenas as oportunidades arrancadas e não te deixarás
subir numa bolha de ganância ou cair numa exausta queda
de poentes ou afogar no fundo do oceano coberto
por um enleio de obsessão e as censuras ficam tão libertas
e perguntam se a tua sorte será perdoada comendo ou recusando comer
dando crédito às figuras transparentes que atravessam
a luz duma vela no teu espaço vital sentindo o medo
a atravessar pela porta aberta
tatuando vitalidade na tua pele não conseguirás
mover de lado os enleados e trepadores ossos perdidos
(In Incretion, Spuyten Duyvil, New York, 2003; tradução de RV. Brian Strang, autor também da ilustração, coordena o blogue Sorry Nature.)
número oito
começar de novo de outro ponto sem qualquer controlo
sobre as forças que te rodeiam
rostos carregados encostam à tua cápsula uma espécie de lágrima
no tecido da tua existência diária encontra um lugar
para ti natural acolhe os factos tal como são vê que por detrás
dos rostos estão pessoas esfoladas até aos ossos como tu
enquanto nos aproximarmos do último palco procura ligar-te
com os outros nos olhos esperando encontrar alguém como
aquele tabuado branco ao sol e uma árvore oscilante
cedros ou ponderosas tornados monumentos ou
tectos ladrilhados o brilho dos carris do eléctrico trabalha
sozinho uma ficção fica mas mente nos tijolos suspira
mencionando apenas as oportunidades arrancadas e não te deixarás
subir numa bolha de ganância ou cair numa exausta queda
de poentes ou afogar no fundo do oceano coberto
por um enleio de obsessão e as censuras ficam tão libertas
e perguntam se a tua sorte será perdoada comendo ou recusando comer
dando crédito às figuras transparentes que atravessam
a luz duma vela no teu espaço vital sentindo o medo
a atravessar pela porta aberta
tatuando vitalidade na tua pele não conseguirás
mover de lado os enleados e trepadores ossos perdidos
(In Incretion, Spuyten Duyvil, New York, 2003; tradução de RV. Brian Strang, autor também da ilustração, coordena o blogue Sorry Nature.)
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