SEQUEIRA, KAHLO
E LIBERDADE DE EXPRESSÃO
(Três exposições em Lisboa)


MESTRES DO DESENHO – De entre o muito que podemos colher nesta magnífica exposição do Museu Nacional de Arte Antiga, trouxe comigo a luz intensa das obras de Domingos António Sequeira. Não sabemos de onde vem, mas não escapamos a ela, deixamos que ela nos penetre – e nos transforme.

FRIDA KAHLO – Uma coisa é ver os quadros num livro de pintura, outra é conhecer a sua pintura por uma experiência de proximidade. Visitei, quase em silêncio, a exposição do Centro Cultural de Belém. Frida não mentiu quando escreveu que nada mais pintava do que a realidade em que vivia. Impressiona e assombra a transfiguração que dela faz. Não esconde, mas intensifica a dor de ser, para redimir e presentificar um corpo em desagregação.

LIBERDADE DE EXPRESSÃO – Na galeria do “Diário de Notícias” pouco me aqueceu ou me arrefeceu. Da selecção de peças da colecção Berardo aí presente, trouxe apenas na memória uma tela de João Vieira e um quadro-escultura de Arnaldo Pomodoro, “Tavola Della Memoria II” (1961), relevo em chumbo sobre madeira.

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