Vozes do Brasil
WLADIMIR SALDANHA
O GRANDE BÚZIO
É fruto sem sazão:
tem que ficar
dependurado,
ficar pesando,
fisgado
por um arpão.
Põe-se uma esteira no chão.
Três dias depois ele tomba
– o grande búzio,
como uma fruta madura,
como uma fruta pêca,
sem molusco,
uma fruta
onde se escuta o mar.
Este e outros poemas no Arquivo de Renato Suttana.
4 comentários:
Isto é que é realismo!
Não concordo!
Ainda se este poeta escrevesse um poema genial no género:
Alduzinda - perdi o meu lápis!
Assim, não sei, não.
Como é bom e lindo o realismo lusitano de xáxa para poetinhas pré-alfacinhas em crise de inspiração!
Realismo seria uma coisa do tipo:
senhor Etelvino
venha buscar à mercearia
os kunamis fresquinhos
que cá deixou.
ganda realismo seria!
Lá estão a meter-se com o das barbas estruturais.
Deixem o homem em paz que está quase a encontrar o criador.
O criador mesmo,coitado do murcão.
Enviar um comentário