OS DETERGENTES DA HISTÓRIA


GATO ESCONDIDO, RABO DE FORA

Ao reler no passado domingo o volume da História de Portugal coordenada por José Matoso correspondente ao período de dominação islâmica da Península Ibérica, deparei-me com um texto de Cláudio Torres no qual afirma que os regimes islâmicos foram sempre tolerantes em relação às outras religiões, excepto a partir da criação do Estado de Israel, em meados do século XX. Curiosamente, algumas páginas depois desta asserção, descreve as consequências nefastas das invasões almorávidas e almóadas, movimentos político-religiosos maometanos que reocuparam a península para “purificarem” a política e o islamismo locais, demasiado permissivos e tolerantes, segundo diziam. Foi nessa época que os cristãos e judeus se viram mais perseguidos (nem os muçulmanos heterodoxos foram poupados). Os seus cultos foram proibidos, sob pena de morte, e os seus templos destruídos, o que provocou nomeadamente a emigração dos cristãos moçárabes para o norte da Ibérica. Tudo isto é confirmado pelo arqueólogo de Mértola.
Poderia listar todas as atrocidades intolerantes dos regimes político-religiosos muçulmanos que dominaram ou dominam boa parte do mundo mediterrânico, mas a contradição de Cláudio Torres é evidente. De um lado, a ficção; do outro a verdade. Prova a que ponto chegam as tentativas de limpeza (voluntária ou involuntária) da história, levada a cabo pela cegueira pan-islamita.


ESQUEÇAMOS O ALCORÃO

Também no domingo passado assisti na televisão ao espaço informativo dirigido pela comunidade islâmica de Lisboa. Conhecida pelo seu bom senso e pela sua integração social, esperava aprender algo neste tempo que dediquei ao visionamento de um debate (?) sobre a presença ou a ausência da violência no livro sagrado islâmico.
Depois de tentar convencer os telespectadores da bondade total do Alcorão – que, ao contrário do que se diz, não foi escrito por Maomé, mas algumas décadas depois da sua morte pelos seus sucessores omíadas, em plena guerra expansionista, como afirmou no sobredito programa o historiador Dias Farinha –, afirmou, a dado passo, que os cidadãos não-muçulmanos interpretam mal as palavras aí escritas porque não conhecem a língua árabe. Questionado por uma jornalista presente sobre a qualidade das traduções do livro maometano, confirmou que não é grande. A surpresa (?) nasceu-me quando a interlocutora do responsável pela mesquita de Lisboa lhe sugeriu que a comunidade portuguesa trabalhasse no sentido de se editar uma tradução fiável das escrituras islâmicas. Para meu espanto (?), David Munir respondeu mais ou menos assim:
- Penso que não é necessário. Mais importante do que ler o Alcorão é conhecer os comentários que se têm escrito sobre ele...
Estamos entendidos. Com pessoas destas podemos ir a barulhos... É realmente muito perigoso ler o Alcorão. Poderemos descobrir coisas que, de facto, nos ajudarão a compreender melhor o nosso mundo. E isso é muito perigoso.

12 comentários:

Anónimo disse...

Y es verdad lo que Ruy escribe.
En España hay libros cojonudos sobre la brutalidad de los fieles de Mahoma y lo que nosotros sufrímos bajo lo zapato del Islam.
No es regimen de tolerancia, sino de violencia muy clara.

Alice C. disse...

Se compararmos o que fizeram os muçulmanos e os católicos (nas cruzadas e com a imquisição) nesses tempos, se calhar o Cláudio Torres até tem razão, senhor Ventura.

Ruy Ventura disse...

Não tem razão porque mente para manipular a história, e isso é muito grave, levando o leitor em erro. Conforme afirmei no texto sobre as palavras de Bento XVI que publiquei aqui, a superioridade dos católicos é que já admitiram os seus erros e manifestaram propósito de emenda, ao contrário de alguns muçulmanos que tentam enganar os parceiros fazendo passar-se como cordeiros quando, na verdade, não passam de feras.
Limitei-me neste post a apresentar uma contradição que mostra o rabo de um gato escondido. Não sou eu quem afirma que os almóadas e os almorávidas praticaram atrocidades intolerantes, mas Cláudio Torres, que, estranhamente (?) depois afirma que os muçulmanos são tolerantes...

Alice C. disse...

Já percebi que o senhor Ventura não gosta mesmo de "mouros"... Felizmente o Alentejo ainda guarda bastantes vestigios da sua passagem, muito mais fortuosa que a dos romanos, por exemplo.

Anónimo disse...

alice c. es muy cachonda. Y muy cinica. lo que opino es que Ventura no le gustán los criminales que se acojen en la burka de hombres de religiosidad.y que así asesinan. pero la cinica alice c. lo que quiere es poner atracos a los cristianos y ojerizar la democrácia. buenos son los "moros" de alqaeda y de la persia.y buena es alice c.
pero a mi me da lástima por su leviandad y su apoyo clarito a los criminales "moros" hermanos de los de atocha.

Anónimo disse...

Lê-se e não se acredita em tanto descaramento. Se alice c. tivesse um pingo de vergonha na cara, visto que honestidade intelectual não terá nenhuma, evitava pelo menos falar nos vestígios mouros existentes em Portugal, uma vez que eles são fundamentalmente vestígios de domínio férreo exercido nas terras que invadiram.
E tiveram de ser corridos através de inúmeros sacrifícios, senhora alice c., que para si nada significam uma vez que o que a senhora pretende é evidentemente santificar os hipócritas aproveitadores como os xeiques que por aí vai havendo, até que se remetam para onde devem de facto estar, ou seja entre os fiéis de lá.
Comparar a estadia romana aqui com a dos mouros, num exercício de mentira descarada, é nojento e mostra como o seu tipo de ideologia e mentalidade desce aos mais baixos degraus do fanatismo aldrabão.

Anónimo disse...

Que estranho...Também há em Portugal muitos vestígios deixados pelos judeus, mas nisso os cláudios e as alices nunca falam. Pois, são especialistas é em mouros.Como se não se conhecessem as ideias do bloquista cláudio...
Até parece que os mouros vieram cá para civilizar, não para conquistar massacrando se necessário ao serviço do alá.
Tenham pudor, não mintam no lambe-botas aos vossos mouros.

Ruy Ventura disse...

Não gosto de mouros? De viva voz, tenho apenas que reafirmar o que outros, benevolamente, já afirmaram. Aprecio todos os seres humanos sérios, pertençam a que etnia pertença ou pratiquem a religião que lhes aprouver. Combato no entanto as atitudes de todos os criminosos, nomeadamente aqueles que se acobertam sob o nome de Deus, e todos quantos branqueiam a História para enganar os seus semelhantes.
Quanto aos vestígios muçulmanos em Portugal, devem ser preservados como todos os vestígios dos povos que por aqui habitaram, para nos lembrarem o que de bom praticaram e o mal que concretizaram.

Anónimo disse...

Alice não ligues a estes intrujas. São todos do Opus Dei. Amem.

Anónimo disse...

Quem será este fascista mijão?
Na escada? Hum, hum...
Não será mas é na cozinha? Dentro do prato onde come?
Ó vai-te embora. Tu é que deves ser da Opus, ratalhão.

Anónimo disse...

Não fazes a coisa por menos, é logo fascista... somos um pais de libertinos que têm a mania que gostam de liberdade, apenas isso.

Anónimo disse...

Los libertinos son hombres de bien. Libertino és igual que hombre libre y sin complejos. No tiene la significación de arbitrariedad, coño! Solamente los cachineos lo tomán por malo y torpe.
En mi tierra, Ciudad Real, hay una calle llamada "de los libertinos", y qué?