RESISTIR ÀS TENTAÇÕES


A "oferta" governamental era tentadora - e eu deixei-me tentar, confesso. Um computador portátil com serviço de banda larga daria jeito a este cidadão docente pouco abonado. Trinta contos de entrada com trinta e seis mensalidades de dezassete euros e meio era aliciante...
O assunto começou a dar-me comichão no nariz quanto me apercebi de que a "computadeira" não é propriamente um exemplo de tecnologia de ponta. Não se vende por aí e, não sendo uma raridade, a coisa tem marosca. Existem computadores com muito melhor memória e as empresas já nem se dão ao trabalho de os porem à venda. Ninguém lhes pegaria... dizem-me.
Quando recebi o contrato da empresa de telecomunicações, mandei tudo às urtigas. Apesar das benévolas palavras desse primo do Conde d' Abranhos que nos governa, nunca assinarei um contrato sem hipótese de denúncia que, nas letras pequeninas, quase ilegíveis, me obrigue a pagamentos durante três anos a uma empresa que se reserva o direito de alterar o preço pré-estabelecido, elevando-o a cumes desconhecidos, quiçá altíssimos.
Será esta maneira de proceder (outros chamar-lhe-iam "tramóia") legal? Não sei. A mim, contudo, não me enganaram. Por pouco...

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