VIAGEM A PORTUGAL


Não se lê com desgosto a Viagem a Portugal, de José Saramago. Nem espanta, nem mete medo... Baseia-se, contudo, numa dupla banalidade: de um lado, a dos folhetos turísticos (erros incluídos); do outro, um falso lirismo, nem carne nem peixe. Nos seus melhores períodos, este livro do escritor ribatejano aproxima-se das crónicas de Manuel Teixeira Gomes ou de Brito Camacho. Mesmo sem a sobranceria (com pés de barro) que domina muitas das suas outras obras, esta não deixa contudo saudades.

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