LE CLÉZIO HONRA A ACADEMIA








Há duas categorias de premiados: aqueles que a Academia Sueca notabiliza com o galardão e, num outro mundo, aqueles que honram a Academia com a sua aceitação do prémio. Jean-Marie Gustave Le Clézio pertence, quanto a mim, ao segundo grupo - enquanto outros, como por exemplo Cholokov ou Saramago, fazem parte do primeiro. A distinção nada acrescenta à obra. Mas não deixa de ser muito justa, embora justificada - como é costume - com um chorrilho de chavões.



Nascido a 13 de Abril de 1940 em Nice, no Sul de França, Jean-Marie Gustave Le Clézio é um dos nomes cimeiros da literatura francesa contemporânea. Publicou mais de 50 romances, contos, ensaios, novelas e mesmo traduções de mitologia ameríndia. É formado em Letras e trabalhou na Universidade de Bristol, em Londres. Aos 23 anos foi distinguido em França com o Prémio Renaudot pelo ensaio Le procès-verbal. Em 1967, após uma experiência de ensino nos Estados Unidos, partiu para a Tailândia em serviço militar. Acabaria por ser expulso depois de denunciar a prostituição infantil, partindo então para o México. Entre 1970 e 1974, Le Clézio viveu junto de índios do Panamá. Durante os anos de 1970, trabalhou no Instituto da América Latina. Reside em Albuquerque, no Novo México, mas viaja com frequência para França. A obra-prima Deserto, O Processo de Adão Pollo, O Caçador de Tesouros, Estrela Errante, Diego e Frida e Índio Branco são os títulos do Nobel da Literatura com tradução para Português.

(Título e introdução de RV, nota biobibliográfica a partir texto de Carlos Santos Neves - RTP, foto de Jessica Gow)

6 comentários:

Anónimo disse...

Subscrevo a cem por cento, Rui Ventura. Tem o senhor muita razão, Le Clézio é um grande escritor, seja de romances seja de poesia, seja de ensaios ou viagens e ainda por cima é um homem a valer, democrata íntegro, pessoa de bem e lúcido, e a quem os comunas stalinos bem perseguiram nos tempos da juventude com o pretexto, imagine-se, que tinha muito boa figura, chamavam-lhe "playboy das letras" por não ser um tronco como certos frankensteins de leste.
O saramagão estará a roer-se?

Tony Spassov

Anónimo disse...

Saramago é uma das pessoas mais decentes deste país, grande escritor reconhecido internacionalmente e homem sempre do lado do povo de todos os países, não é um menino-bem burguês e formalista. A inveja é que vos faz falar. Estive com ele em acções de rua nas últimas eleições, lado a lado, um homem simpatíquissimo e popular, não o esqueço e tenho muita honra.
LUCIA

Anónimo disse...

"Menino-bem, burguês e formalista", "homem sempre do lado do povo", mas de que kolkhoz é que terá saído esta Lucia? Esta linguagem não se ouvia desde os tempos mais negros do Cunhal! E é esta gente que quer servir de bitola para a grandeza do saramaguejante nobelizado?
Que o deus das unidades colectivas de produção nos acuda!

Maurício Miguéis

Anónimo disse...

O que os faz andar zangados é que já se aperceberam que o sr. José Saramago, passada a euforia típica dos propagandistas do paraíso soviético e do éden das caraíbas, cada vez mais mostra a sua fragilidade como "pensador" e figura pública, com contínuos disparates e a sua mais que mediania como novelista.
A História, à medida que o tempo passe, ainda vai ser mais dura para o apoiante dos estalinistas.

A.H.Ramaky

Anónimo disse...

Fachos da treta!

Anónimo disse...

Hum... Mais vale ser facho, na boquinha deste caramelo, do que ser parvo e comuna vesgo, ó anónimo furioso.

Mauricio