AQUILINO NO PANTEÃO


Os ossos de Aquilino Ribeiro foram hoje colocados num sarcófago do Panteão Nacional, fazendo companhia a Garrett, Guerra Junqueiro, João de Deus e Delgado, mas também a Sidónio Pais e Óscar Carmona (o nosso país é assim...). Seja qual for a nossa opinião sobre a sua acção política, é uma atitude louvável do Estado, embora redundante, pois há muito a sua escrita o colocara no panteão da inteligência portuguesa.

Fui convidado pela Assembleia da República para a cerimónia, mas infelizmente não estive presente. A profissão e os condicionamentos impostos pelo Estatuto da Carreira Docente não mo permitiram. Tratando-se dum acontecimento que se desejaria o mais participado possível, não compreendo como se programou a homenagem para um dia e um horário (11 horas) em que apenas os desempregados e os disponíveis (aposentados ou de outra índole) puderam assistir.

1 comentário:

Anónimo disse...

Sobretudo agora que os políticos, devidamente aconchegados pela propaganda mediática, passam a vida a falar de terrorismo, não se percebe como o atentado que vitimou o rei português e o seu filho primogénito possa ser ainda hoje motivo de orgulho de alguns, ao ponto de terem enterrado um escritor pretensioso no Panteão Nacional, quando se conhece perfeitamente a conivência fanfarrona de Aquilino Ribeiro no indecoroso e traiçoeiro acto.

Elogiar Aquilino Ribeiro e a República, ao mesmo tempo que se assinam acordos anti-terroristas com a Espanha, sem um acto de contrição relativamente ao regicídio, continua a comprovar quão boçais são e perdidas estão as nossas elites políticas e culturais. Não lhes auguro nada de bom, e isso é mau para todos nós.

Fonte : http://oam.risco.pt/blogger.html