INFÉRTEIS E DESPREZADOS
Um grupo de cidadãos enviou aos nossos deputados uma carta aberta sobre a infertilidade, doença que neste momento já afecta cerca de 15 a 20 % dos casais portugueses. Num momento político em que o governo capitaneado por Sócrates se prepara para castigar financeiramente os casais sem filhos, revolta qualquer cidadão minimamente consciente o desprezo a que estão votados os cidadãos que precisam de tratamento médico para terem os seus filhos biológicos e o calvário que são obrigados a suportar quantos desejam adoptar uma criança.
A carta referida deve ser lida e reflectida por todos, independemente da sua posição sobre este assunto. Não nos esqueçamos de que alguns dos maior problemas da nossa população são o envelhecimento e a baixa natalidade.
3 comentários:
Tive o prazer de assinar a referida petição, há tempos, num local público. Nessa altura conversei um pouco com uma das responsáveis, que me esclareceu em pormenor e me deu a certeza da razão da minha assinatura.
Foi-me ainda explicado que não estão afectas a nenhum grupo partidário, nem querem estar: une-as a vontade e o direito a ter um filho, numa assistência condigna e sem longos meses de espera.
Sabemos que uma das alternativas é a adopção, mas também ela se vê bloqueada por inúmeros factores burocráticos, e a média de tempo de adopção é de quatro anos.
Estas mulheres precisam, mesmo, de apoio.
O panorama ligado com este escrito é mau.
É preciso para se ter uma ideia clara perguntarmos-nos e todavia, o que significa ter um filho? É dar ao mundo uma vida, algo do nosso amor, mútuo entre o casal. Muitos casais e não digo nada de novo, conhece-se como está a sociedade vêem em adopção apenas uma oportunidade de não estarem sós ou até, para serem ou parecerem como tantos outros. Não está bem, uma criança merece amor, devoção e sem ser para companhia, vejamos assim. Uma vida é uma vida, não deve servir para o que se diz de "respeito humano".
As leis têm de ser muito ponderadas e respeitando os assuntos, ainda mais quando é casos destes.
Cara Micaela,
Quem deseja muito ter um filho, fá-lo certamente porque deseja dar-lhe amor, educação e uma vida digna. Se existem outras motivações, que se revelarão com a prática do casal, devem ser denunciadas e a criança entregue à adopção.
É no entanto vergonhoso que o estado diga que promove a natalidade (e até penaliza quem não tem filhos), mas depois despreza quem tem a doença da infertilidade, obrigando as pessoas a pagarem milhares de contos a clínicas privadas (porque a via estatal é morosa e inoperante), ou a sofrerem o calvário burocrático da adopção.
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