Vozes do Brasil
C. RONALD
17.
Eu penso no lugar. O que existe
não lhe dá espaço. Sou a amendoeira
nostálgica no inverno sem outra
mudança além das raízes cobertas.
Um corpo igual reaquecido na pedra
após ela estar escrita. Nossos ancestrais
admirando a lua mais morta que viva.
Poderias estar memorizando o ruído.
Esse ser na curva não volta ao erro
se algumas colunas da Grécia deixam de
crescer. Todo acordo mesquinho é
a metade do gesto que devia aparecer.
(segundo poema retirado de Caro Rimbaud, 2006)
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