A FALTA DE VISÃO DO GOVERNO
A crónica que José Gil hoje assina na Visão tem o dom de tornar claro o olhar que muitos portugueses já lançam sobre o governo de José Sócrates - e são cada vez mais... mesmo entre aqueles que votaram no PS nas últimas legislativas. Merece ser lida com muita atenção. Aqui fica um extracto:
"Este Governo não tem uma visão para Portugal. Terá uma ideia da 'modernização', ideia tecnocrática e funcional. Uma visão implica saber articular as diversas políticas sectoriais segundo uma linha coerente e consistente com o objectivo de criar novas condições de subjectivação do homem português. [...]
[...] que ideia têm os nossos governantes dos portugueses que querem fazer nascer com a modernização do País? Nisso, parece que não se pensou; e que nada se pensa para além da 'auto-estima', esse chavão vazio, produto de uma mentalidade voluntarista e tecnocrática. Que jovens portugueses sairão das nossas escolas modeladas por professores deprimidos, abatidos, desinvestidos? Que cidadão futuro se procura suscitar com a reforma da Justiça e da Saúde, para que novas práticas de cidadania?
A falta de visão deste Governo é mais um factor decisivo que limita o alcance das reformas. A drástica política economicista impede de pensar na alma, esse arcaísmo que passará em breve para a secção dos supranumerários. Não chega dizer que há vida para além do orçamento, é preciso convencermo-nos que a vida deve ditar e atravessar o orçamento. Ou o nosso objectivo limitar-se-á a 'sair da cauda da Europa' a todo o custo, para marchar na linha da frente, mas com a alma de zombies do neocapitalismo global?"
Do outro lado deste panorama temos um partido liderado por Marques Mendes, que não regateia elogios ao soba madeirense nem se coibe de apresentar a "democracia" e o "desenvolvimento" da Madeira como um exemplo para o país. Por estas e por outras me vou tornando, cada vez mais, um sem-abrigo político.
4 comentários:
Ainda somos um país de poetas, mas querem fazer de nós um país de patetas. Este país nos mata, lentamente.
Eu Português 40 anos candidato a supranumerário sem aparente razão quer para o ser quer para o não ser , confesso não votei nele e não me arrependo , mas , arrependo-me de tudo o que até hoje investi de mim neste País o qual , não tendo culpa dos seus dirigentes mas que por eles dá a cara assim como eu a dou diariamente pela Administração publica , carrega o peso ás suas costas .
Como disse tenho 40 anos ganho o suficiente para viver e sustentar a minha familia que foi abalada com uma baixa de rendimento vitima de mais um "sucesso das empresas que este pORTUGAL POSSUI E COM TANTO SUCESSO FALIU . As vitimas essas quem quer saber ninguêm são numeros , estatistica e , como dizia aquele estadista soviético quando morre um homem de estado é uma tragédia quando morre um milhão na guerra é estastistica -" who cares about it "- tenho como todos ou a maioria dos Portugueses casa para pagar ao banco e um filho de 2 anos para alimentar o subsidio de desemprego da minha mulher vai acabar em breve e não consegue nada nem por ela nem por estar inscrita no desemprego , eu candidato a supranumerário ou não , se o f^r terei meses de vida e no fim nem subsidio de desemprego pois os funcionários públicos não têem esse direito resumindo 40 anos mulher desmpregada filho casa para pagar despesas efectivas para pagar , como eu muitos milhares assim .
Por favor alguêm se importa de me ajudar a compreender como é que se sai daqui , é que eu já gastei a minha inteligência e só vejo duas saidas roubar ou ser roubado ; Alguêm me indica por favor o caminho para a liberdade e para a democracia oferecida por estes mesmos senhores em 74 ; Alguêm sabe o que se irá passar . Hoje saiu uma sondagem em que o Sócrates era novamente 1º ministro caso houvesse eleições , alguêm me explica como é isto posivel , será que está tudo burro ou cego , e, não digo isto por ser funcionário publico , é que cá em casa a vitima até ao momento era do sector privado serei eu que sou burro e vejo papões onde não os há ,por favor procuro uma resposta e este texto neste blog deu-me algum alento para um possivel acordar das mentes e apeteceu-me desabafar .Desculpem qualquer coisinha .
Acho muito impressionante o seu testemunho. O grande problema que nos assalta é a falta de alternativas, pois se dum lado vemos um homem como Sócrates que confunde autoritarismo com autoridade, do outro vemos um Marques Mendes que gostaria de ver em Portugal qualquer regime parecido com o vigente na terra do Bokassa Jardim.
Pois é SAr Ruy Ventura a sua resposta confunde-se com a de todos que eu questiono , i.é. se o p.s. não presta o psd não é melhor . e de facto tem razão o mais grave para mim não é o ser despedido ou assim porque nunca me assustou trabalhar já tive inclusivé uma empresas ita que teve que fechar por motivos de concorrªência com Espanha o que me asuta é olhar para o lado e não ver para mim ou parta ninguêm alternativas de absorção de trabalho . quqanto aos casos de politica mas !...só há 2 partidos em Portugal?
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